terça-feira, 17 de maio de 2016

Betlegeuse




Acordar tarde finalizados os sonhos descontinuados. Jamais vi aquelas pessoas, aqueles lugares, aquelas situações. Uma asiática e uma farmácia; um metaleiro pedinte; um carteiro numa cidade inidentificável. Isto depois de ter adormecido na tua imagem. Até despertar suado-arrependido. Raio comprimido o raio do comprimido - mas adiante. Vivam os copos. Vivam os anti-corpos. Os anti-corpos nunca o anti-corpo - e a nossa corda é muito mais forte que tudo aquilo que a sustém, vá-lá. Eu vou. Intuo tudo através dessa luz precisa nascida no preciso momento em que nos conhecemos. Autómato negro dicionário. Do sacrifício que ninguém lê. Do sacrifício que lê o que ninguém vê. Do sacrifício que é = a sacrifício + nada = sacrifício. Do sacrifício que multiplicado, bem sabemos, equivale ao zero. Pois assim como assim graças à matemática fui desde ti até à infância. Ter com a equação irresolúvel. Combinar naturalidade com o medo de te perder... Medir o receio de te magoar com o teu absoluto desinteresse... Enfim, talvez possa daí poder inspirar algum novo malabarismo, alguma variação no trilião... Interesse, nenhum. Depois, todo o já é aqui já aqui agora já. Esquece a memória: obscena a forma como seu diâmetro incha e expande, é como ter o Sol ao lado de Betlegeuse. Grão de areia contra a montanha. Matéria luz 2 = 0. 2.0, ai do ser, a Super-Nova.