Desertações
Pedro Góis Nogueira
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
A experiência interior é doravante interdita, pela sociedade em geral, e pelo espectáculo em particular. Falava em assassino. O que eles chamam imagem está a tornar-se o assassínio do presente.
Só os seres livres podem ser estranhos uns aos outros.
Neste ponto da tela, pinta não o que vemos porque não vemos nada... Nem o que não vemos, porque não devemos pintar senão o que não vemos, mas pintar que não vemos, Claude Monet.
A água falava-lhe com uma voz profunda e grave. Então Roxy pôs-se a pensar: ela tenta falar-me, como sempre tentou falar com as pessoas através dos tempos. Dialogando consigo mesma quando não há ninguém para ouvir. Mas sempre tenta comunicar às pessoas as boas novas que tem para elas. Algumas delas retiraram do rio uma determinada verdade. O rio dorme criado no sonho do nevoeiro. Não o vemos melhor do que ele se vê a si mesmo. Aqui é já o rio, mas a vista pára aí. Não vemos para além do nada uma bruma que impede que vejamos mais longe.
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