quinta-feira, 2 de abril de 2015

Manoel de Oliveira (1908 - 2015)




Às tantas andei a registar, depois perdi esse rasto. Ainda bem, sinal que me deixei disso, de registar o óbvio da marca do assombro, da aparência da imortalidade. Até hoje, pelo meio-dia. Manoel de Oliveira era uma lenda viva, um dos nossos verdadeiros orgulhos. De um povo que, enfim, na sua maioria, sempre aproveitou para bocejar com a figura - como aliás fazia (faz) com outros como João César Monteiro - e para dele fazer galhofa, a pura batota da ignorância. Filmes vistos = 0. O que anula logo um Vou Para Casa, Aniki-Bobó, um Vale Abrãao, A Caixa, o Convento, Non ou a Vã Glória de Mandar, Viagem ao Princípio do Mundo, etc, etc. Mais de cinquenta desde 1931, entre filmes, documentários e curtas-metragens esticadas à longevidade de 105 anos. Aos 106, claro, a obra era para continuar.