quinta-feira, 29 de janeiro de 2015



VEM DE UMA ILHA DO PACÍFICO

No seu olhar ilhas do Pacífico
Sentindo mesmo não sabendo
Que já está cá há muito tempo
A vida inteira fora da ilha
Que ela não lembra mesmo quando lhe vislumbro fundos marinhos no olhar
Em qualquer manhã já pôr do sol a doirar este pouco suportável Inverno
No escritório
Concentrada ao computador
Sem se lembrar nem conhecer nada
Desse lugar de infinidades onde se absorvem solares
Mistérios antes das estrelas 
Tempos atrás de tempos atrás
Tanto o tanto que é de agora ela ancestral lança dessa ilha de danças
E no que são nisso mil anos... Mesmo mais mil de mil anos atrás, e mais mil
De mil anos... Dura nem um segundo
Daí ela não sabe onde ficava para onde olhava
Ela que era ela homens mulheres formaram-se nela
Antes, muito antes da sua ilha ser descoberta, do arquipélago
De todas as ilhas serem descobertas
Da primeira ilha ser descoberta...
E em todas as ilhas, a sua ilha, ninguém saía dessa ilha
Havia uma só pequena só estrada só
Para só ver o mar
Só do horizonte se caía como (se) da asa de uma ave
A jangada era fraca para tanto voar...