domingo, 16 de fevereiro de 2014

Parcimónias


- Não deve haver maior satisfação para o tecnocrata do que ver um artista a espalhar-se ao comprido.

- A minha completa distância com a minha completa ausência de separação é com ela pela certa essa fatal contradição.

- O excesso de confiança é a medida das vezes em que não se descobre que se fez merda...

- Já percebo melhor porque me é elegível: excesso de palavras para falta de linguagem, como o excesso de cereais na minha tigela de iogurte.

- Concluir é sempre o mais difícil: ter a frieza certa de acertar em cheio com o contador certo no marcar do tempo.

- É o bom do desafio: partir todo moído para a escrita e pela escrita moer todo o partido. Ou será partir todo o moído?

- Toda a criação é magia. Como a criação do mundo foi magia. 

- É importante distinguir: é escrita a martelo ou escrita à martelada? 

- Só mesmo quando escreve percebe porque tem mesmo de escrever. Mas como haveria outra maneira de o saber?