segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Incontinências

Não sou de dar importância às incontinências verbais e escritas de criaturas como João César das Neves, Camilo Lourenço, Isabel Jonet ou Margarida Rebelo Pinto. Já dei para o peditório. Desde de uma ultima baboseira da Jonet que nem olho, não abro os links, não comento, mudo de canal se for caso disso, estimo o meu tempo e sanidade, mantenho o apoio moral... Já nem blogues como o  Blasfémias ou o Insurgente espreito, chegam ao computador ao ritmo dos posts, mas não me passam do SPAM, se disparar o alarme nalgum blogue cá de casa ou amigo do facebook, talvez dê que aconteceu alguma coisa (minto, nunca acontece nada). 
Dito isto, ou que não gosto de ser toureado e ver tudo a vermelho,  não estava à espera desta. Rasteira. O João César das Neves apanhou-me. Tinha escapado como um pato à Margarida Sei Lá que é escritora em mais uma campanha "olhem para mim, prestem-me atenção, falem de mim, tenho livros para vender" e zás! Tive de olhar, tive de ver melhor. E olhei, e vi melhor. E pronto, vi. Que é que querem que vos diga? Merece comentário? Merece. Vou ser sincero. Não sei bem porquê, mas o João César das Neves diverte-me. Nem sequer me indigna por aí além. Reparem no por aí além, no que não toureia. Pode não haver nisto qualquer assomo de objectividade, só não podia é ser mais objectivo: um bronco é um bronco. Sem ter de me alongar por outros meandros e ramificações, prefiro ser desde já directo. Mil vezes um César das Neves honesto em sua javardice e estúpido em toda a sua santidade. Ao menos é autêntico, é aquilo, sabemos ao que vem. Sem armadilhas dialécticas, soundbytes e doublespeaks, conversas de assessor ou agências de comunicação. Bater no das Neves é muito mais fácil, um sonho de adversário daqueles, sempre a dar tiros nos pés... Depois muita gente se indigna, faz barulho, passa-se, rasga as vestes... Por mim bem podiam vir mais com marca registada. Mesmo que não conte dedicar-lhe nem mais uma palavra. Tomás Vasques, no seu Facebook, com a devida vénia, faz-vos um desenho: 

Por favor, não o afugentem. Ele, com as suas baboseiras, provoca mais revolta do que muitos discursos dos líderes da oposição.

Da Sei Lá que é escritora, gostava que da próxima vez não lhe pagassem a publicidade. O que é tão possível quanto ver porcos a voar.