sexta-feira, 12 de julho de 2013

O Grande Culpado

Era imensa a treta do consenso à volta do desGoverno no início do mandato. Também não era mentira nenhuma. Pedro Passos Coelho tinha tudo menos os partidos mais à esquerda que tinham acabado de dar um jeitão no assalto ao poder. Durou pouco, muito pouco, que o programa da troika é o programa do governo e queremos ir além da troika, emigrem, o desemprego é uma oportunidade, há que sair da zona de conforto, não sejam piegas, entre tanto e tanto mais.  

Mudemos a agulha, seguiram-se os partidos, acima de todos o PS. Depois a própria Constituição: dois anos, dois orçamentos anti-constitucionais, cada cavadela, cada minhoca. Os sindicatos, as associações patronais. Os alvos a abater: reformados, pensionistas e funcionários públicos. O Tribunal Constitucional. Tanto comentador, analista ou tudólogo e este governo era apenas incompetente, irracional, incoerente. O mais óbvio, cristalino e verdadeiro adjectivo é que nunca foi usado, também não o vou usar aqui, a incompetência defende-o bem, é que mesmo para isso são precisas mãozinhas... 

Fiquemos pelo rufia político - que se fez com Relvas, mas não só - o perfeito imbecil - aquele que acha que por esticar a corda esta deixa de se partir. A verdade é que parte, parte mesmo.