Podemos culpar os políticos que vivem em estado de negação e
esquecermos que os políticos que temos são os políticos que
merecemos, que nós colectivo os pusemos lá, nós colectivo, eu sei,
é uma aberração de enganados. Negar a negação é a prova dos
nove da maioria. A constatação a papel químico que o mal é visto
mas ignorado como incómodo alheio. Passado reflectido em futuro,
estava à vista o carimbo. E ainda se aliviam na
caridadezinha. Não, não quero ir para o Marquês de Pombal fazer a
revolução. Não, falo em ver passar navios. Navegam, pois navegam. Levam chocolate laxante, risos para
queimar calorias, amor para a longevidade. Falam-nos não sei se é
jargão se é calão: desalavancagem, ajustamento, crescimento
negativo. No barco dizem que há alguns colaboradores invisuais. Não
encontram significados em lado nenhum. Está para sair um
dicionário da novilíngua.